sábado, 17 de outubro de 2009

Matt e Elena: Primeiro Encontro

Matt e Elena são personagens do livro Diários de Vampiro (Vampire Diaries) e esse conto se passe antes da série começar, e conta sobre como foi o primeiro encontro deles.Ou seja, não precisa ter lido nenhum dos livros pra ler esse conto. Aqui está postado apenas a 1° parte do conto.

Matt & Elena: Primeiro Encontro

Um Conto Não Contado

Dedicado à Red e Natalia – um doce conto de amor novo desabrochando


Um encontro... com Elena Gilbert!
Matt nervosamente abriu sua carteira de novo e contou o dinheiro. Uma sobra de dez dólares e sessenta centavos do que os seis vizinhos do beco sem saída haviam lhe dado para juntar todas as folhas de outono de cada jardim em uma gigante pilha de fogueira. O resto tinha ido ao comprar essa nova calça casual/formal. Uma sobra de sete dólares e vinte centavos de limpar o ático e cortar grama – o resto desse dinheiro tinha sido cuidadosamente investido na jaqueta que ele estava usando nesse momento – uma jaqueta do time da escola não seria boa, não nessa ocasião, e ele tinha ouvido falar que Elena não gostava delas. Uma nota de dez dólares por ajudar o Sr. Muldoon a trocar cuidadosamente todas as lâmpadas de sua casa que o velho cavalheiro não conseguia mais alcançar.
Vinte e sete dólares e vinte e seis centavos... mais...
Ele virou a carteira e a puxei de seu lugar de honra especial – um compartimento escondido na lateral da carteira. E ali estava, dobrada ao meio, tão nova e com aparência jovem quanto quando seu tio Joe tinha dado a ele.
Uma nota de cem dólares.
Ele conseguia se lembrar do tio Joe – tio-avô, na verdade, mas sempre o chamou de tio, pressionando a nota em sua mente enquanto as enfermeiras estavam fora do quarto. “Não gaste simplesmente com qualquer coisa,” tio Joe tinha sussurrado com sua voz áspera. “Guarde até uma ocasião especial chegar. Você saberá quando for a hora certa. E pelo amor de Deus” uma pausa, enquanto o tio Joe tinha um longe e contestante ataque de tosse e Matt o ajudou a se levantar – “cê não ouse gastar em cigarros, certo? Não pegue esse hábito, garoto, porque só vai te trazer sofrimento.”
Então Matt gentilmente abaixou o tio Joe. A tosse de espatifar vidro estava começando e Matt queria uma enfermeira para verificar o nível de saturação do oxigênio do tio Joe. Estava 85 quando devia estar 100 – talvez o tio Joe precisasse de mais oxigênio.

Isso tinha sido há exatamente dois anos e dois dias. Há exatamente dois anos de hoje, o tio Joe tinha morrido.
Matt percebeu que estava esfregando um pulso em sua coxa, dolorosamente. Era difícil, difícil se lembrar de como tio Joe tinha ido.
Mas agora, olhando para aquela nota de cem dólares, tudo o que Matt conseguia pensar era naquele sorriso travesso do velho homem e de suas palavras ásperas, “Você saberá quando for a hora certa.” Sim, tio Joe soubera, não soubera? Matt teria rido até doer se o tio Joe tivesse dito à ele no que ele estaria gastando seu precioso dinheiro. Com apenas quatorze, os pensamentos do jovem Matt sobre garotas e piolhos não tinham se separado completamente. Está bem, estão ele tinha desabrochado tardiamente, tinha aprendido devagar. Mas agora ele tinha recuperado. E ele iria usar sua calça nova e uma camisa passada, uma gravata de verdade que sua mãe tinha lhe dado no último Natal, e sua novíssima jaqueta casual para o mais maravilhoso evento que ele podia imaginar.
Gastar mais de cem dólares em uma noite com Elena Gilbert.
Elena... só de pensar o nome dela já o fazia se sentir como se estivesse banhando na luz do sol. Ela era a luz do sol. Com aquele maravilhoso cabelo dourado que flutuava até a metade de suas costas, com sua pele, da cor de flor de macieira, mesmo após a temporada de bronzeamento, com seus olhos que nem piscinas azuis luminosas e manchadas por dourado, e seus lábios...
Aqueles lábios. Junto com aqueles olhos, eles podiam virar um cara de cabeça para baixo e de dentro para fora num instante. Na escola aqueles lábios eram sempre um ligeiro beicinho de modelo, como se para dizer “Bem, realmente! Eu espero mais do que isso!”
Mas Elena não faria beicinho hoje à noite. Matt não sabia de onde tinha tirado a coragem – ele logo teria derrubado um balde de gelo na cabeça do treinador de futebol americano Simpson depois de eles terem perdido um jogo –, mas ele tinha conseguido chegar e convidá-la para sair. E agora, com a nota de cem dólares do tio Joe, ele iria levar Elena Gilbert em um encontro de verdade, para um restaurante francês de verdade: um encontro que ela nunca esqueceria.
Matt olhou aguçadamente para o relógio. Hora de ir! Ele certamente não poderia se atrasar.
“Ei, mãe! São quinze para as sete. Estou caindo fora!”
“Espera, espera, Matt!” A Sra. Honeycutt, pequena e redonda e cheirando à biscoitos, veio quase correndo pelo corredor. “Indo embora sem ao menos me deixar vê-lo?” ela repreendeu, seus olhos brilhando. “Quem passou essa camisa, posso perguntar? Quem ouviu falar da liquidação de jaquetas em primeiro lugar?”
Matt deu um fingido grunhido e então ficou parado, corando genuinamente, enquanto ela olhava para ele.
Finalmente, a Sra. Honeycutt suspirou. “Eu tenho um filho muito lindo. Você parece com o seu pai.”
Matt conseguia se sentir ficando um vermelho ainda mais profundo.
“Agora, você vai usar o seu sobretudo–”
“É, é claro, mãe.”
“Tem certeza de que tem dinheiro o bastante?”
“Sim!” Matt disse. Sim! ele pensou jubilantemente.
“Quero dizer, essa menina Gilbert, você ouve todo o tipo de coisas sobre ela. Ela sai com garotos de faculdade. Ela espera a lua em seus encontros. Ela não tem pais para supervisioná-la. Ela–”
“Mãe, eu não ligo com quem ela saiu; eu tenho um monte de dinheiro; e ela vive com a tia dela – como se fosse culpa dela que os pais dela morreram! E se eu ficar parado aqui mais um minuto, eu vou acabar recebendo uma multa por ultrapassar a velocidade!”
“Bem, se você apenas me deixar achar a minha bolsa, eu te dou dez dólares, para você estar coberto, só por precaução–”
“Sem tempo, mãe! Noite!”

Nenhum comentário:

Postar um comentário